quarta-feira, 22 de agosto de 2012


Inda que eu me feche
E jure nunca mais te ver
Tens o meu segredo
E a chave que me abre em teu poder
Sabes como entrar
Por onde vir
Por que não aprendes a sair de mim?
Inda que eu a seque
A fonte volta a murmurar
Contra a correnteza
Sou tão fraco
Não posso nadar
Tuas águas me levando assim
Cada vez mais
Pra longe de mim
Tuas águas me levando assim
Cada vez mais
Pra longe de mim
Inda que eu apague
O fogo volta a se acender
E esta saudade
Esta vontade de te ver
Tua chama vai queimando assim
O pouco de paz que existe em mim.
(Nato Gomes)

domingo, 3 de junho de 2012

Com nossos pais
Enquanto crianças  precisamos deles pra tudo. Na adolescência, sua simples presença pode ser um enorme “mico”. Daí ficamos adultos, teoricamente, não precisamos mais deles, somos independentes. E, em alguns momentos, são eles que precisam de nós. E a presença? Nossa! Como é imprescindível a companhia e a presença deles. Não importa quantos defeitos eles pareçam ter, e nem o quanto você discorda deles sobre a forma como enxergam a vida. São seus pais, e estes dois seres humanos, cheios de acertos e erros, agora são idosos. E uma tarde de domingo com  eles parece ser um dos melhores programas de um fim de semana!

domingo, 20 de maio de 2012

O que quer uma mulher “moderna”?


Você cresce impulsionada pelos ideais feministas disseminados pelos meios de comunicação, seus professores e, possivelmente, cantoras pop. Desde criança inspira-se, em como não quer ser, no comportamento submisso das mulheres dentro de lares machistas. Começa a trabalhar duro, ainda na adolescência,  e encara os estudos com seriedade. Torna-se uma profissional. Empenha-se em processos seletivos concorridos e, finalmente, conquista um espaço no mercado de trabalho. Acorda cedo, dorme tarde, cuida da alimentação, lê muito, faz exercícios e ouve boas músicas. Gosta de cinema, teatro e filosofia. Aconselha suas amigas, ouve as mulheres da sua família e elogia as outras que te rodeiam. Investe  em roupas elegantes e discretas. Ao mesmo tempo, conhece um homem, se apaixona e casa-se. A rotina acelera e você continua ali, firme. De repente, depois de uma semana estafante, você senta em uma sala de aula e começa a refletir: corpo doendo, músculos cansados e cabeça cheia.  Tudo o que você quer hoje? O que você quer, de verdade? Você, pobre mulher moderna, só quer uma longa massagem e muito, muito amor!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Conceitos e preconceitos: pedantismo

Qual será a influência das redes sociais em pessoas com este perfil?

Sou adepta das novidades. Gosto de conhecê-las, saber como funcionam, para que servem, entender os seus “porquês”. Acho que o nome disso é curiosidade... Em nome desse vício e algum tempo depois do networking, embriaguei-me com doses e mais doses de redes sociais. Cronologicamente falando, comecei por volta dos 15 anos, talvez um pouco antes, não me recordo bem, com o ICQ, evoluí para o MSN, depois Orkut, por motivos profissionais descobri o  MySpace, posteriormente aderi ao Facebook, quase no mesmo momento criei perfil no Quepasa e me cadastrei na LastFM. A última forma de comunicação via world wide web que resisti por muito temor, como já disse aqui, foi o tal do blog.

Desci para o play, eis-me aqui, tenho que brincar!

Já na primeira hora do dia, após despertar de uma pequena noite de sono, já que me aventurei pelas redes até umas 3h da madruga, fiz uma série de visitas rotineiras a elas novamente e há alguns blogs também. Nesse momento, lembrei-me de um diálogo com uma colega de trabalho recentemente. Eu disse a ela que não costumo postar muitas coisas em redes sociais por acreditar não existir muitas pessoas interessadas no que tenho a dizer ou faço. Ainda acrescentei que dou muitos RTs no Twitter porque sigo pessoas muito inteligentes e interessantes,  dispensando minhas humildes impressões do mundo.

Mas como de praxe, falei isso tudo, até agora, só como introdução para o que eu realmente queria dizer. É isso mesmo. Foi só introdução.

Já deixei de seguir algumas personas  no Twitter por julgá-las narcisistas demais. Também já observei pessoas que atualizam quase que diariamente seus álbuns em Facebook e/ou Orkut como se a vida delas fosse pura diversão e cheguei a pensar: será que só eu trabalho e tenho obrigações a cumprir nessa vida? Pois então, essa reflexão tem constantemente retornado aos meus pensamentos.

Redes sociais e narcisismo. Fico com a impressão de que alguns  sujeitos criam o que querem ser e como querem ser vistos. Gostaria de deixar claro que este texto não tem a intenção de ofender, fazer crítica ou servir como indireta pra ninguém. Também não é um estudo científico baseado em qualquer literatura ou autor que já tenha analisado o comportamento humano na era da Web 2.0. Voltando ao assunto central, penso que estas pessoas utilizam esses espaços como vitrines, com a intenção de sublimar alguma realidade ou frustração. Não faço ideia, nem estimativa de percentual sobre a parcela de internautas assim, talvez não sejam  todos, quem sabe nem a maioria, mas fico com esta impressão em vários momentos em que visito os perfis.

Depois de algum tempo refletindo sobre isso, passei a seguir um perfil no Twitter chamado @tiposdepedante. Daí é que descobri exatamente o que algumas destas pessoas que me inspiraram a escrever este texto são. Os comportamentos e ações que são “twittados” por este perfil, definindo um pedante, coincidem com as impressões que fico das pessoas que agem desta mesma maneira. Será possível compreender o que estou tentando dizer? Achei esta frase confusa, como tudo o que penso mesmo.

Enfim, a partir destes devaneios pesquisei no Google a palavra pedante e o Yahoo! Respostas, que, aliás, havia me esquecido, também sou membro deste, me mostrou a seguinte definição:

“Uma pessoa pedante é uma pessoa vaidosa, pretenciosa. Pode-se dizer que é uma pessoa que se valoriza excessivamente, se acha o máximo, se coloca acima dos outros em tudo. 
Diz-se do pedante, que o melhor negócio do mundo é comprá-lo pelo preço que ele, realmente, merece e vendê-lo pelo preço que ele pensa que merece.”

 

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Em homenagem ao dia de hoje, inspirada por Amorem4atos


DVD Completo: Chico Buarque - A Flor da Pele, do Primeiro Box.
Para downloads de DVDs e toda a discografia mp3, visite:

www.saladeestachicobuarque.blogspot.com
À flor da pele
Chico Buarque (1976)
O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mentir e me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita
O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite
O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os tremores me vêm agitar
E todos os suores me vêm encharcar
E todos os meus nervos estão a rogar
E todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz suplicar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo
O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mentir e me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita
O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite
O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os tremores me vêm agitar
E todos os suores me vêm encharcar
E todos os meus nervos estão a rogar
E todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz suplicar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo
O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mentir e me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita
O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite
O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os tremores me vêm agitar
E todos os suores me vêm encharcar
E todos os meus nervos estão a rogar
E todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz suplicar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo

Escrever por quê?

Sempre me senti na obrigação de ter um blog. Como uma jornalista não possui espaço para expressar livremente seus pontos de vista?

Adiei a empreitada por temor. É isso mesmo: temor. Parece antagônico um jornalista ter receio de se expor, mas sim, eu tinha. Acho que ainda tenho... Mesmo assim, resolvi encarar mais este desafio.

Penso que o momento em que mais me fragilizo é quando escrevo. Sinto-me despida em meio a uma multidão. Indefesa.

Há anos escrevo crônicas e poemas e nunca os mostrei a ninguém. Puro medo de ser julgada. Que idiota sou eu não?! Somos julgados a todo tempo independente do que fazemos, dizemos, escrevemos, ou até mesmo quando não fazemos nada. Se for assim, que eu vá para a inquisição, todavia vou realizada!